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Mont Tremblant: passeio nas montanhas partindo de Montreal ou Ottawa


Sabe aqueles lugares tão bonitinhos que parecem ter saído de um livro ou tela de cinema? Pois bem, Mont Tremblant é assim. O lugar é uma mini-cidade e complexo de entretenimento para quem quer esquiar ou subir nas montanhas, e por isso é muito famoso na época de inverno, quando costuma ficar lotado. Mas e no verão? Fantástico do mesmo jeito! Embora as montanhas nesta época não estejam mais nevadas (nem lá no topo), a cidadezinha de base é tão linda e cativante que merece a visita. E não se engane quem acha que fora do inverno não tem o que ver e fazer lá, pois tem muita coisa! Além de passeios pelo lago, com direito a uma praia particular (é preciso pagar uma taxa), tem a cidade em si, com casinhas lindas, restaurantes, sorveterias e afins. E a estrela do local é claro: as montanhas laurencianas, cujo pico mais alto dá o nome ao local.

De longe este foi meu passeio preferido em todo o Canadá. Deixamos de ir em Niagara Falls para incluir este passeio de 1 dia no roteiro, e embora não tenha como comparar pois não fui às cataratas, acredito que foi uma decisão bem acertada, porque o lugar todo é extremamente agradável, Não tive arrependimentos!

Mont Tremblant ao fundo: as áreas recortadas da montanha no inverno são pistas de esqui

 Para usar esta praia tem que pagar uma taxa/ diária. O mar na verdade é um lago.

 A vila que fica na base da montanha é um charme só, toda cheia de casinhas de madeira com telhados coloridos e floreiras nas janelas. Parece um cenário de Disney, de tão organizado e bonitinho! Tudo isso entremeado por muita vegetação, uma igrejinha na beira de um lago, restaurantes com mesinhas nas varandas e um vai-e-vém tranquilo de pessoas, que não chega a ser exagerado a ponto de tornar o lugar sufocante ou desagradável.

Paramos em um estacionamento quase de frente para a “entrada” da vila, chegando bem de  frente para o Cabriolet (ou teleférico). Do lado direito dele existe uma casa com toda estrutura de banheiros e vestiários, e na casa do lado esquerdo funciona o centro de informação turística. Mais prático do que isto impossível.

Entrada da cidade, com o primeiro teleférico ao fundo (cabriolet)
 
A casa grande ao fundo oferece toda a infra-estrutura que o visitante precisa

A maioria das casinhas são restaurantes e lojinhas, e por ser uma área exclusivamente turística os preços são elevados. Como havíamos passado em um mercado e comprado comida, nos sentamos em uma agradável pracinha para degustar nossas saladas e comidinhas, e foi gostoso do mesmo jeito. Portanto se não quer gastar muito leve seu lanche. Lá mesmo só tomamos um gelato (sorvete) do tipo “soft” e com cobertura de calda quente, que endurece após o sorvete ser mergulhada nela, uma delícia.


Área do lago com banco para picnic nas margens

 Para subir até as montanhas o passeio é feito em 2 fases: na base da cidade você pega um teleférico gratuito, que te deixa na base da montanha,  podendo usar quantas vezes quiser. É um trajeto rapidinho, de uns 5 minutos no máximo (é bem rápido, se segure!), sobrevoando a cidadezinha e passando por cima de telhados, com vistas lindas. Para quem tem medo, ou se a fila estiver muito grande, é possível subir e descer este trecho a pé mesmo, por vias asfaltadas nas 2 laterais do cable car, super tranquilo. Pegamos uma fila com umas 20-30 pessoas na frente, mas rapidinho chegou nossa vez e embarcamos só nós 3, pois eles deixam entrar em grupos divididos sem precisar fazer a "lotação máxima" na cabine.

 
 
Depois de chegar na base da montanha, você vai ver que ali tem um “agito” ainda maior, com diversas opções de entretenimento, principalmente para quem está com crianças. Tinha passeio em pôneis, e vários brinquedos diferentes (e de aventura!) para a garotada. Além do principal, o cable-car que leva os visitantes até no pico da montanha. Para usufruir disso tudo é preciso comprar um bilhete, que pode ser somente o ticket para subir e descer no teleférico (round-trip) ou outros tickets combinados com as atividades de lazer oferecidas, que comprados em conjunto deixam o preço um pouco mais atrativo. Nós optamos apenas por subir e descer, e embarcamos com rapidez e praticamente sem fila, novamente ocupando só nós 3 uma única cabine.

  


O passeio no teleférico é longo, e é uma delícia! A cabine é toda envidraçada, o que permite uma visão panorâmica 360 graus do percurso. O único defeito é que o vidro é cheio de riscos (acho que por causa dos esquis), e então as fotos tiradas ali de dentro sofrem um pouco com esta interferência. O trajeto aqui é mais lento, e bem demorado até, acho que dura uns 20 minutos, pois vai subindo, subindo..... e quando você acha que já subiu bastante o percurso e o cabo ficam mais íngremes ainda, num ângulo bem verticalizado, até chegar lá no alto do Mont Tremblant, o pico mais alto das Montanhas Laurencianas.

  Na subida, dentro do teleférico, ainda enxergando a cidade

 

Chegando no topo, existem diversas sinalizações de points marcando trilhas ou mirantes para apreciar a paisagem. Tem uma casa maior que parecia um restaurante, mas estava fechada. Também tem alguns bancos e mesas de madeira para quem gosta de fazer pic-nic apreciando a paisagem, e notei que algumas famílias levavam suas próprias cadeiras ou banquetas. Em um dos lados avistamos um mirante alto que ficamos com vontade de subir, pois teria uma vista fantástica de frente para a cidade. Perguntei a um casal que parecia ter saído dali se achavam possível subirmos com o baby e o carrinho, e confirmaram que era meio complicado, mas indicaram que era só pegar o caminho lateral ali por baixo mesmo, que a vista seria igual. E de fato! Fomos por onde indicaram e ficamos bem abaixo do viewpoint onde pretendíamos subir, e deu para fazer altas fotos. Então quem quer poupar as pernas anota esta dica aí!

Lá no alto também tem uma plataforma para os mais corajosos se aventurarem a fazer tirolesa morro abaixo (uma parte dele).



NO TOPO DA MONTANHA: CONSIDERAÇÕES E ALERTAS

Para quem está com crianças, todo cuidado é pouco, pois o pico da montanha está ali “como veio ao mundo”, ou seja: todo aberto. Não tem cercas ou muretas nas laterais, então vai do seu bom senso o quanto quer chegar até as pontas, e por ser um piso de pedrinhas irregular, tem que aumentar o cuidado para não tropeçar ou escorregar. Mas no geral não tem um nível alto de dificuldade andar por lá não, é bem fácil.

Outras 2 dicas importantíssimas: Leve agasalho extra, e repelente!! Parece bobeira, mas isto vai fazer muita diferença no tempo que você vai conseguir ficar lá em cima. Vi na bilheteria um alerta sobre repelente e achei que poderia ser exagero, mas não é. Lá em cima tem uns mosquitinhos pequenos que são terríveis, ficam voando ao redor de nossas caras e sim, eles picam! Tivemos que ficar o tempo todo abanando nosso pequeno para impedir que fosse picado, mas ainda assim tomou várias mordidinhas na cabeça, e colocamos a touca nele para evitar. Mas os mosquitinhos estão aos montes e são insistentes, e foi o motivo pelo qual encurtamos nosso passeio por lá. Já famílias preparadas conseguiam ficar sentadas olhando a paisagem, mas não ouse fazer isso sem proteção! Sobre a blusa extra, no verão o problema não foi tanto o frio, mas sim o vento, que como em todo alto de montanha é intenso. Então uma touca, boné ou cabelo preso é aconselhável, se não quiser ficar todo descabelado. A sensação térmica pareceu de uns 5 graus a menos do que lá embaixo, e sem blusa teria sido complicado, mas quanto a isto fomos preparados.




Após passear, hora de voltar. Na descida é só pegar o teleférico de volta, e novamente curtir a paisagem. Quando chegamos na base, tinha uma menina fazendo propaganda de uma atração que em breve aconteceria lá em cima, mostrando os pássaros da região, como a águia que ela segurava no braço e pousava para fotos. Bichinho meio nervoso aquele, mas deu para tirar uma foto ao lado, e o Eric ficou super curioso.

Garota-propaganda da apresentação com aves de rapina

Como descemos após as 17h, o teleférico gratuito para ir até a base da cidade já tinha parado. Após novas fotos agora com o local mais vazio, fomos brincar em um parquinho com jatos de água ali ao lado, e depois descemos caminhando, o que foi bom para olhar com mais calma as casinhas do trajeto. Recomento usar o cabriolet (teleférico), mas fazer o trajeto a pé também. #ficadica ;-)

Chegando na base da cidadezinha novamente, rumamos para o estacionamento, onde é possível parar por tempo ilimitado (diária) pagando uma taxa única, que se não me engano era de 12 ou 15 CAD (dólares canadenses). De lá pegamos a estrada de volta rumo a Montreal, uma cidade super vibrante e que merece outro post exclusivo, volta depois para ler!

Outras observações importantes:

COMO CHEGAR:

DE CARRO: Mont Tremblant é um Parque Nacional de cadeias montanhosas localizado na província de Quebec, sendo possível visitar fazendo um bate-e-volta a partir de Montreal ou de Ottawa. A distância e tempo gasto é quase o mesmo partindo dos dois locais, cerca de 2 horas à 2:30h e aproximadamente 140Km de Montreal e 160Km de Ottawa, nas rotas mais diretas. Optamos por ir de carro alugado mesmo, partindo de Montreal. A estrada é boa e bem sinalizada, mas sem muitas paisagens excepcionais. 
OBS: Estávamos com GPS do celular e foi fácil chegar na parte inicial da cidade de Mont Tremblant, mas como não sabíamos qual local indicar exatamente no GPS, ficamos dando algumas voltas até conseguir chegar na parte da cidade mais turística mesmo. Paramos em um mercado e depois em um quiosque perto do lago, onde peguei informação e me deram um mapa ilustrado da região, o que deixou tudo mais fácil de entender, então vale a pena procurar por um.

DE ÔNIBUS: partem dos terminais centrais de Montreal ou de Ottawa. Para saber mais, recomendo uma busca na internet ou ir até o terminal rodoviário quando já estiver na cidade, para comprar a passagem para o dia seguinte por exemplo. Os trajetos costumam durar cerca de 2:30h.


ONDE FICAR:
Em Mont Tremblant existem resorts e hotéis (ou motéis daqueles estilo americano), então é possível pernoitar lá também se quiser, para aproveitar mais caso queira ficar mais de um dia, principalmente se for esquiar. Quando pesquisei achei os valores um pouco caros e pouca disponibilidade, mas procurando bem e com antecedência você encontra algo que goste, clicando aqui já mostra uma busca refinada. 

OBS: não esqueça que a cidadezinha é “dividida” em duas partes/regiões (se olhar no google maps vai entender), e boa parte dos hotéis se encontra nesta outra área mais distante, que provavelmente vai necessitar de táxi ou algum transporte para ir até a área das montanhas (+- 10Km de distância).


HORÁRIOS: 
Conselho de modo geral para quem vai viajar para o Canadá: se prepare para fazer tudo cedo, pois mesmo no verão canadense, quase tudo, incluindo atrações turísticas, fecham às 5 da tarde, ou mesmo antes! As lojas e restaurantes das cidades maiores também fecham por volta deste horário, com exceção de algumas avenidas comerciais principais que funcionam até mais tarde, por volta das 21h.


ACESSIBILIDADE  COM CRIANÇAS ou CADEIRANTES:
Como em todo o Canadá, a acessibilidade para cadeirantes ou para quem está com carrinho de bebê (como nós) é totalmente estruturada e facilitada, não tem erro! Deu para entrar com o carrinho de bebê aberto nos 2 teleféricos. Para os canadenses, passear com as crianças é algo normal, e não uma exceção, então tudo funciona bem para os pequenos também! Nas cidades e nas estradas tem sempre banheiros familiares, elevadores amplos como opção sempre que existe uma escadaria, portas que se abrem automaticamente só apertando um botão e por aí vai...
 
Crianças chegando facilmente no pico mais alto da montanha: no Canadá tem!

E aí, qual foi sua impressão sobre a região? Se já foi nos conte o que achou comentando abaixo, e se ainda não foi espero que tenha se motivado com este post e inclua em sua próxima viagem, pois certamente é um local que vale a pena! 

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