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Curiosidades de Bangkok (parte I): as mil e uma faces da cidade

Conheça um pouco das curiosidades, cultura e diversidade de Bangkok, a capital da Tailândia, uma cidade diversificada e dinâmica, com mais de 8 milhões de habitantes, ou mais de 14 milhões considerando sua região metropolitana, estando entre as 20 cidades com mais pessoas do mundo!

 Ao montar este post e ver quanta variedade observamos, sendo “tudo misturado e em excesso”, achei que uma boa definição para Bangkok seria: uma cidade MAXIMALISTA! (não no sentido político, mas no artístico). A cidade é como uma colcha de retalhos, formada por muitas coisas diferentes, mas que formam um TODO coerente, bonito e coeso.

Silhueta do belíssimo Wat Arun, visto em um passeio de táxi aquático no finzinho da tarde


Segue uma lista com alguns destes pontos e curiosidades:

- Olá/bom dia! Ou melhor: SAWADEE! É assim que lhe receberão nos locais e lhe cumprimentarão por lá, falando e ao mesmo tempo fazendo o gesto de juntar as palmas das mãoes em frente ao corpo e abaixar um pouquinho a cabeça. Até o Ronald Mc Donald’s se adaptou aos costumes locais: Sawadee!



- A língua é o Tailandês, que se originou da mutação de línguas do sul da China. A escrita não é em estilo romano (a,b,c,d...), mas com caracteres especiais, impossível de compreender. Também não dá para entender absolutamente do que eles falam, mas alguns (poucos) arranham um inglês sem tanto sotaque, compreensível para nós. Porém, vale lembrar que é um inglês “turístico” e bem limitado ao que precisam comunicar em sua área de atuação. Nos hotéis é mais garantido, mas taxistas por exemplo não falam quase nada, o negócio é mostrar em um mapa onde quer, ou falar o nome do local sem muitas indicações extras e pronto. Se for pedir informação na rua, peça para a população mais jovem (estudantes), ou para outros estrangeiros, tem mais chance deles saberem responder.
"Não dá para entender nada" escrito em tailandês, traduzido pelo Google Tradutor! ;-P


- o sistema de governo deles é a monarquia constitucional, ou seja: possuem um Rei, que eles admiram e adoram, reverenciando com muito respeito. Ele é o mais antigo chefe de Estado do mundo atualmente, e o monarca de mais longo reinado da história tailandesa. Assim como Rainha Elisabeth II é a queridinha dos ingleses, este Rei (Rama IX) é o queridinho dos tailandeses. ;-) Espalhados pela cidade existem diversos adornos e portais dourados pelas ruas, sempre com fotos de quem? Do Rei, em todas as situações possíveis, como por exemplo com a esposa, com a mãe, plantando uma árvore, descendo do avião, visitando um país, cumprimentando alguém... Fora isso, os próprios habitantes colocam fotos do rei na parede em seus  estabelecimentos comerciais, pode olhar que vai achar, até no Mc Donald’s tem! Isso é a segunda coisa que mais se vê por lá, sendo a primeira: imagens e estátuas de Buda! (overdose total, no post parte II desta série vou comentar sobre estas “curiosidades religiosas")



- A moeda local é o baht, que eles pronunciam de um jeito meio fanhoso e dizendo “bâr”. Para nós brasileiros é uma moeda fraca, já que 1 baht corresponde a 7 centavos de reais. Tem muita coisa na cidade que custa 10 baht = R$0,70, inclusive os espetinhos de carne nas feirinhas. Ou seja: para a gente, quase tudo por lá é muito barato! E adivinha quem figura na frente de todas as notas de dinheiro? Só podia ser o Rei é claro!




- A arquitetura é toda heterogênea, variando entre praças com construções típicas tailandesas, até edifícios governamentais na forma de palácios de cara totalmente europeia/ocidental. A cidade tem ruazinhas estreitas de paralelepípedo e cheias de comércio, tem residências pobres em beiras de rios que cruzam a cidade, mas tem também avenidas larguíssimas com prédios enormes e ultra tecnológicos em regiões mais centrais como Sukhumvit ou Siam e Silom, formando um skyline quase digno de figurar em Nova York! Ou seja: tem de tudo! Do mais tradicional ao super urbano com néons!

Ruas estreitas cheias de comércio, casas em beiras de riachos ou altos arranha céus cortados por avenidas largas... tem de tudo em Bangkok!

Arquitetura tradicional Thai X arquitetura tipo palácio europeu/ocidental


- O decorativismo e a arte tailandesa são únicos, extremamente trabalhados, coloridos, exuberantes, e com muito dourado também. Aliás, dourado, vermelho e laranja são cores que quase definem a cidade. Os trabalhos com apliques que pedras, mosaicos e ornamentos nas esculturas são impressionantes, assim como a quantidade de detalhes nas estátuas. Em relação à pintura, também são geniais, e conseguem fazer obras super “densas” em quantidade de elementos, porém formando um total harmônico maravilhoso! É o tal do “maximalismo” que comentei no início do texto, seja ele nos templos ou também nos museus, a exemplo do Bangkok Art and Culture Centre, um edifício cultural que tem dentro um Museu de Arte Contemporânea,que foi um  dos melhores que vi neste estilo até hoje, com obras incríveis! Poucos vão, mas te digo: vale a visita! Os artistas tailandeses vão te deixar de queixo caído, fora a arquitetura do lugar que é fantástica, lembrando bastante o Museu Guggenheim de NY! 

Artes no Grand Palace (fotos de cima) ou dentro do museu (embaixo)


- A área de Sukhumvit é bem urbana, centro o centro dos escritórios e edifícios comercias da cidade. É cortada por uma “rodovia”, e possui praças, parques e muitos viadutos, em uma concentração enorme de pessoas. É também a principal área de shoppings centers, um próximo ao outro, e todos enormes, muitas vezes interligados entre si e com o metrô por passarelas suspensas para pedestres, assim como até o Bangkok Art and Culture Centre (do metrô direto para dentro do prédio!). Se você passar dias na região central histórica e dos templos (Grand Palace, KhaoSan road e imediações), vai parecer que está entrando em outro universo ao chegar ali, de tão diferente do resto que é! Parece outra cidade, super cosmopolita.

Passarelas que ligam o metrô ao museu e aos shopping, além de muitos viadutos e néons!


- um transporte bem peculiar de lá (e da Tailândia em geral) é o tuk-tuk, uma espécie de moto adaptada, com bancos e coberta, para levar passageiros. A sensação é bem bacana, pois você fica “ao ar livre” durante o trajeto, com o vento no rosto, mas tem que se abaixar um pouco para conseguir ver direito as ruas. O problema deste transporte são os motoristas, que ou pedem preços bem caros (para o padrão local) pois sabem que você é turista e tem dinheiro (moeda vale mais), ou então cobram super barato (tipo 20-25 baht = R$1,4-1,70) pelo trecho, porém vão ficar parando em 1 ou mais lojas durante o caminho, pois são comissionados por elas (e aí você perde tempo, tem que entrar na loja, dar uma olhadinha, escutar a insistência do vendedor...). Enfim, é legal para experimentar, mas acho que é melhor pegar um táxi que é barato também, ou metrô se na região tiver esta opção.

Tuk tuk pelas ruas e visto a partir de dentro durante um trajeto


- outra forma de transporte da cidade são os “táxis aquáticos” ou ferrys, que sobem e descem o rio Chao Phraya, o maior da cidade.  É super baratinho, foge da poluição das ruas, além de ser diferente e garantir vistas bonitas da cidade à margem do rio. Foi nosso transporte favorito por lá. Mas atenção: não pense que é luxo e tranquilidade não! Os barcos vão sempre bem cheios, e o processo de embarque e desembarque é meio caótico e agitado, assim como a cidade. Você entra meio correndo e se acomoda ou fica de pé ali atrás mesmo, enquanto os tailandeses gritam um monte de coisa pedindo agilidade, e batem na carcaça ou assobiam para indicar ao motorista que já pode partir. É uma gritaria só, assim como lá dentro, quando tentam botar ordem e cobrar as passagens. As plataformas de desembarque balançam bastante, então tem que descer já meio esperto e se equilibrando. 
ACONTECEU COMIGO: eu estava fotografando dentro do ferry e tinha um monge perto de mim, até que de repente ele disse "PERFECT!", e quando olhei para trás ele estava sorrindo para mim e prestando atenção nas minhas fotos! (aquela primeira imagem deste post) Foi a única vez que um monge me dirigiu a palavra, apesar de termos vistos vários por lá.

O "ferry", e as vistas do rio, sejam elas de construções tradicionais ou modernas (ponte e edifícios)


- o esporte mais famoso e conhecido nacionalmente é o Muay Thai, que tem muitos adeptos, seja para praticar como atividade física, ou para aqueles que engrenam na vida de lutas e competições profissionais pelas arenas da cidade, onde os tailandeses costumam frequentar e participar gritando muito para incentivar os lutadores. Se tiver tempo, vá em uma luta para sentir o clima e ver como funciona. (as vezes até crianças lutam!)

Entrada e bilheteria de edifício com arena de Muay Thai


- o lugar mais “agitado” da cidade, e meca dos mochileiros e aventureiros de plantão é a KhaoSan Road. Esta ruazinha mais do que peculiar se estende por apenas uns 400 metros, mas que se for ver tudo vai parecer um quilometro! Rola realmente de tudo ali: carrinhos de comida e bebidas (do mais simples ao mais exótico, como insetos e escorpiões), restaurantes, lojas de artesanato e mil e uma bugigangas, tatuadores fazendo sua arte nos turistas, prostitutas oferecendo seus serviços, atividades de spa ao ar livre (ver abaixo), carrinhos e as vezes motos transitando entre a muvuca de pessoas e por aí vai...

A caótica e sempre entupida KhaoSan Road, seja de dia ou de noite


- fazer um relaxamento e “spa” ao ar livre também é algo típico tailandês. Os preços são baixos e tentadores se comparados ao Brasil, mas para o padrão deles não é barato. Sim, pois 100 baht (R$7,00) não é algo barato para eles, mas como para a gente é, dá para aproveitar e receber uma massagem nos pés por 30 minutos (ou nos ombros, ou corpo inteiro), ou fazer um “fish spa” enfiando os pés num aquário cheio de peixinhos (que prometem comer suas células mortas dos pés e lhe fazer relaxar), ou ainda fazer manicure e pedicure. Tudo no meio da rua nas calçadas! (embora existam salões fechados e com mais privacidade também é claro!) 

"Foot massage" (massagem nos pés) ou "fish spa" são alguns dos tratamentos de relaxamento e estética


- outra coisa super comum são as feirinhas de rua com barraquinhas de alimentos espalhadas por toda cidade, assim como as de artesanato. Você desce em algumas paradas do ferry e obrigatoriamente tem que passar por uma delas, no meio da bagunça, de gente comendo ou de outros querendo te vender algo. Loucura e diversão total, é como um universo paralelo! Você tem a opção de cruzar estas feirinhas correndo e fugindo do agito ou então parar ali, observar os locais ou mesmo comer algo. Porque sim, tem um monte de coisa gostosa para comer! (se você não tiver um padrão muito alto de higiene vai aproveitar e se esbaldar...) A gente sempre pedia alguma coisinha e provava algo, acho que faz parte da experiência, e além disso matava a fome ou a sede depois das intensas caminhadas naquele calorão da cidade! 
SUGESTÃO: fique atento às questões de higiene, mas prove! Como diz o ditado: o que não mata engorda! ;-)

Moradores comendo na feirinha, e um vendedor imergindo os espetinhos na fortíssima pimenta, antes de enfiar no saquinho plástico "pra viagem".


- ainda sobre a higiene e sobre comida: tudo por lá é meio sujinho sim! Não é que tenha papel e lixo espalhado por tudo não (em alguns lugares tem), mas é que o padrão de limpeza é outro, diferente daqui. Eles não limpam “à fundo” ou dão atenção a detalhes, então é tudo meio encardido e incrustado de sujeira, pois aparentemente só passam um espanador ou pano rapidinho por cima. A sensação é que não pegam um esponja e esfregam até desencardir. Mesmo na primeira classe do trem, dá para sentir o estado de conservação e limpeza, e em quase todo lugar é assim! Imagina o vagão de terceira classe que pegamos até a fronteira então!! (flocos de poeira rolavam por cima dos meus pés...) Nos transportes e nos tours o "lanche" oferecido é arroz (com carne ou legumes), ou seja, comida mesmo! Foi assim no curto passeio de trem, e também dentro do barco na paradisíaca Ilha Phi Phi! Mas isso é só um pouquinho sobre a assunto, já que a comida tailandesa merece um capítulo (ou post) à parte! Em breve! ;-)

Primeira classe do trem, ainda assim encardida e mal cuidada, e o lanche: arroz com carne!

E aí, o que achou da caótica e diversificada Bangkok? Já foi ou gostaria de ir lá? Deixe seu comentário na caixa de texto abaixo.

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Postar um comentário

  1. Simone,

    Faltaram alguns "es" nesse SAWADEEEEEEEEE...rsrsrs. Eles prolongam muito o final.

    Deu uma vontade de voltar pra Bangkok...principalmente pelas massagens baratíssimas e o famoso pad-thai...bom demaaaais!!!

    Bjoss

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  2. É verdade Guilherme! hahaha

    Tb curti as massagens e o pad thai, daqueles de rua mesmo! (melhor que de restaurante) Vou fazer outro post sobre as comidas de lá também.

    ResponderExcluir
  3. Nossa, Simone, já fiquei com saudades. Ótimo post! Queria agora um pad thai do meio da rua e uma massagem por 120B. Parabéns!

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  4. Legal, obrigada Natalie! Daqui a pouco vou divulgar então!

    ResponderExcluir

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